segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mazurca-Choro

De Pina Bausch (via Palácios), fui tropeçar em Villa-Lobos...
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segunda-feira, 16 de março de 2009

Dada

"Bem que o Djavan e o Thom Yorke podiam se juntar pra fazer uma parceria: o Thom Yorke escreveria um monte de palavrinhas negativas e colocaria o Djavan pra sortear..."

Citando o gênio ímpar de mademoiselle Palácios.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Título

Texto.

Lorem ipsum is not just random text.

Viva a matemática e a química orgânica.

Se faz a vida num tempo verbal de mentira, em vida e em morte será esquecido.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Caixa craniana = casca de noz

– O que faz aquela pomba gorda parada bem na entrada da garagem?
– Será que ela tá grávida?
– Que grávida o quê!!! Deve estar doente.
– Ah! Bota ovo, né?!

Eu e minha cara metade voltando de viagem este fim de semana...

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Um rosário a quem interessar possa

No futuro do pretério imperfeito, ela flutua a passos de elefante. Estrondo. Fitas métricas e balanças a medir o tempo. Não é à toa que estranhamente o fluido da bateria de seu relógio de pulso escorre, resseca e cristaliza em torno dos pelos do braço esquerdo. Se pergunta qual a diferença entre o sangue e o vinho. O gosto de ambos é rascante, porém o sangue é ferruginoso.

E Cristo veio confundir a todos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pra fora do espelho

Podia ficar só. Na frente do computador, amaciando o teclado, dançando com os dedos. Podia dizer como as coisas são através do filtro dos meus óculos arranhados e minha íris escura. Podia esboçar tipograficamente quaisquer emoções pontualmente contemporâneas ao momento...

As coisas precisam das cores que não se pode ver.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Cafeína

Drogas pra quê se existe o café? Cafeína é substância transgressora, minha gente. A vantagem é a licitude no ato de sua aquisição. Tá certo, transgressão e licitude são paradoxais, mas nada pode ser mais elegante do que aquilo que transgride sob o aval das regras. É libertário perder a cabeça e o freio moral através de uma xícara de expresso. Não tem que subir morro, tratar com delinqüentes perigosos. Cafeína tem na padaria, no supermercado, no bistrô, na casa da avó... Cocaína, ao contrário, é droga clandestina, que aprisiona. Quem, considerado cidadão no exercício de sua sanidade, bate uma carreira no balcão da padaria sem culpa? Havendo algum sujeito que o faça, me falem, será meu ídolo. Café, não. Café é pra quem não quer viver com medo e quer ser livre pra perder as estribeiras por aí sem carregar o peso da rejeição social nas costas. A taquicardia é a mesma, a neura, a falha perceptiva, o poder... Tudo isso tá no café, tá na cocaína e nas inas por aí nas farmácias. Contudo, o café é uma droga família que, dos males estéticos, traz apenas um possível escurecimento no esmalte dos dentes. A cocaína, essa suja substância vadia, eventualmente faz cair os pelos das narinas, corrói a cartilagem das fossas nasais acabando por escorrer pelo rosto do usuário, numa cena nada sedutora. “Desculpa, querida, mas tem pó escorrendo do seu nariz.” Não se trata exatamente de uma apresentação das mais bem quistas em qualquer ocasião, quiçá em ocasião alguma. É por isso que brindo com uma chávena de chá (as crises de ansiedade e a aversão a ansiolíticos tornam proibitivo o consumo do café em momentos discursivos como este) a esta planta que, de tão apreciada, consta do brasão de nossa república.